Glasgow (Escócia), Helsinki (Finlândia), Saint Louis (Estados Unidos) e Bedford (Inglaterra) querem dar um ousado passo que reforça o objetivo das “smart cities” e também das cidades educadoras e criativas. Pretendem converter esforços para tratar a informação e a mídia como elementos de exercício da cidadania para seus habitantes. Ou seja, as cidades vão combater a desinformação e as fakenews.
Esse é o princípio das “MIL Cities”, conceito desenvolvido pela UNESCO em um encontro de especialistas na Lituânia em 2018. MIL é a sigla para “Mídia and Information Literacy” - uma leitura da alfabetização para a mídia e informação. As cidades MIL são territórios que voltam suas iniciativas locais para essa causa: educam para a mídia e informação o tempo todo, em qualquer lugar.
Os hospitais podem se tornar, por meios de painéis eletrônicos, as fontes oficiais sobre saúde pública e vacinação. Os parques voltam-se para informar os cidadãos sobre hábitos esportivos ao ar livre. As escolas e os cinemas formam parcerias para exibir produções audiovisuais dos estudantes antes dos longa-metragens. Informações inteligentes sobre catástrofes naturais ou perigos são repassadas imediatamente via celular. Esses são alguns dos exemplos que foram apresentados durante o encontro. Bibliotecas organizam conversas com autores sobre temas ligados à pesquisa e verificação de informação. Todo o funcionamento da uma Cidade MIL gira em torno da articulação das políticas públicas locais.
A iniciativa do tema foi da GAPMIL, que é a Aliança Global Para Parcerias em Alfabetização Midiática Informacional, liderada pela UNESCO. Nasceu em 2013, em Abuja, Nigéria,
durante o I Fórum Panafricano em MIL, com representantes de todos os
continentes. Desde então, estimulam parceiros acadêmicos, privados,
governamentais e da sociedade civil a aliar-se em projetos democráticos para
que todo cidadão tenha direito a conhecer as mídias e utilizá-las com
consciência, livre expressão e responsabilidade.
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